QUERO
Eu não quero pensar muito
Para que eu não seja condenado
A viver nas sombras da vida
Como muitos algozes que assim os são.
Eu quero pensar na vida
Como presente de Deus
E gratidão pelo pouco
Ou pelo muito em questão: amor.
Eu sou a vida que me solitude
E nem penso na solidão
Porque sou um presente
Uma chama que não se apaga.
Rio, sorrio, canto e poético
A graça e a desgraça
Como se não houvesse o amanhã
Pois, sou eu que quero viver, viver!
A insustentável leveza do ser
Em meu ser é a sedução profunda
De beijos, abraços, apertos...
Um teorema de paixões.
Eu quero viver, só viver. ..
Neste meu mundo louco
Onde o bolo sem fermento
Me faz mal, me angústia.
Os anjos são para Aeropagita
O Dionizio do caos existente,
Eu sou a vida em movimento
A estranha regra do se ter.
Eu tenho a mim,
No tabuleiro de deuses
Que rezam preses sem fim
Como se o porquê fosse um fim.
Sou eu o pássaro
Sem gaiolas, alado, de lado...
Como os pergrinos que dormem
Rindo nas estradas da vida.
Sou o reflexo do EU
Contrido, reconstruído, vivido
E, se não me bastasse: Vivo!
Essa é minha sina.
Eu quero, posso, devo....
Minha sandálias são minhas
Minha vida é minha
Sou o anjo poeta
Da manhã, da tarde, da noite...