DA VIDA EU QUIS POUCO

Da vida eu nunca quis muito

Um teto para não me molhar

Mas tomar banho de chuva

De vez enquando...

Da vida, eu nunca quis muito

Uma cama para acalentar meu sono

Mas dormir na grama do quintal

Nas madrugadas de outono.

Da vida, eu quis muito pouco

Um abraço carregado de ternura

O vento soprando em meu rosto

Um passeio de canoa à luz da lua

Da vida eu quis muito pouco

Eu não quis alguém para amar

Pois amar é muito, é um absurdo

É pedir para sofrer, e chorar....

Do amor, eu não quis nada

Nenhum romance

Nenhuma amante

Nenhuma amada

O pouco da vida me é suficiente

A paz que espelha na retina dos olhos

A calmaria do canto dos pássaros envolvente

A rua, a casa, o bairro, a vida da gente.

Jonathas Oliveira
Enviado por Jonathas Oliveira em 21/02/2023
Reeditado em 21/02/2023
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