O Contemplar do Tempo

Uma luz flamejante de um fogo esvanescente

Alumia o teu caminho incerto, de passos trôpegos

Não há mais fôlego, mas reverbera a poesia

Nas horas do dia que se acaba

Nunca é tarde, dizem, pois nosso sol é eterno

E nos queima ternamente, deixando claro que o tempo

- Esse deus sem sacerdotes ou fiéis -

Sempre nos mostra, através de silêncios e vazios,

Sua verdade inóspita e árida

Sempre dilacerante aos que aguardam por respostas prontas

Por isso esses versos

Por isso esses silêncios diversos

Por isso os espaços vazios

Por onde nem a poesia anda

E onde as palavras são inúteis

Por isso o contemplar do tempo

Esse deus caído, sem religião ou templo

Que por isso nos massacra!

Marcelo Simas Pereira
Enviado por Marcelo Simas Pereira em 30/11/2022
Reeditado em 30/11/2022
Código do texto: T7661457
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