A CAMINHO DE CASA
Criador,
Novamente estou no deserto,
E aqui nada vejo por perto,
Ajuda-me a sufocar aquilo que o ego chama de dor.
Quão perto de ti estou?
Não consigo ver-te em face,
O Yang que em ti despertou,
Se perdeu no Yin do falace.
Ajuda-me a enredar essas duas faces,
Para encontrar-me no UM;
Digo-te que antes que minha boca falasse,
Calá-la-ei e meditarei no “Aum”.
Em silêncio farei Jejum,
Pois sei a que passo caminha minha elevação...
Meu Ser esgota-se do comum,
Esgota-se de tamanha banalização.
Será que não conseguem ouvir a canção,
Que ecoa do lugar mais sagrado?
Na busca pelo prazer da matéria, a que pé se percebe o coração?
Nessa busca, de que o Ser está sendo banhado?
Criador,
Ajuda-me hoje a sair desse deserto?
Pois, aqui não quero mais ficar!
Continuarei buscando-te em mim, bem perto,
E em Consciência a caminho de casa estou a voltar.
Gratidão!