A CAMINHO DE CASA

Criador,

Novamente estou no deserto,

E aqui nada vejo por perto,

Ajuda-me a sufocar aquilo que o ego chama de dor.

Quão perto de ti estou?

Não consigo ver-te em face,

O Yang que em ti despertou,

Se perdeu no Yin do falace.

Ajuda-me a enredar essas duas faces,

Para encontrar-me no UM;

Digo-te que antes que minha boca falasse,

Calá-la-ei e meditarei no “Aum”.

Em silêncio farei Jejum,

Pois sei a que passo caminha minha elevação...

Meu Ser esgota-se do comum,

Esgota-se de tamanha banalização.

Será que não conseguem ouvir a canção,

Que ecoa do lugar mais sagrado?

Na busca pelo prazer da matéria, a que pé se percebe o coração?

Nessa busca, de que o Ser está sendo banhado?

Criador,

Ajuda-me hoje a sair desse deserto?

Pois, aqui não quero mais ficar!

Continuarei buscando-te em mim, bem perto,

E em Consciência a caminho de casa estou a voltar.

Gratidão!

Débora Ananda
Enviado por Débora Ananda em 16/10/2022
Reeditado em 16/10/2022
Código do texto: T7629163
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