Queria sossego, recebi forças
A dor batei, a agonia sufocou
Logo gritei, como sempre
“Não suporto mais”
Mas, que estranho...
Dessa vez algo em mim não soou como verdade
Parece-me que minha alma gritou,
Em franca resposta,
Suporta sim, agora somos fortes.
Estranhei como nunca.
Acostumada sempre àquele lamurio,
Me caía bem... me dava esperanças de findar logo a dor
Mas minh’alma agora intervinha
Em minhas lamentações, contestando-me.
Triste...
Eu não queria forças, queria sossego dessas agonias da vida.
Mas parece que meu lamento foi tanto
Ao ouvir o Deus deve ter entendido como
Um bravo pedido de forças
Ou vai ver foi sua ironia mesmo,
Pra pegar minha covardia na curva.
E pegou mesmo... hunhunhunhum.
Agora que tenho forças, que suporto,
Me vejo obrigada a ter paciência
A aprender o que quer que seja necessário
Com essa bendita agonia
E transformar isso em algo produtivo em mim:
Tudo de que a covardia em mim fugia,
Mas parece que a tal força que recebi
Botou fora o medo e a covardia.
Então, bora viver!
Marta Almeida: 26/09/2022