Faina nos Tempos de Faísca - e assim prossegue?
Faina nos tempos de faísca
Exorbitas injustiças em atos de autoritarismo,
vejo-me arbitrário, distante e desmedido, tido eu,
o contrário, ridículos tiranos invadindo espaços,
depotismado, alado. Do contrário, apenas calado.
Se dissessem, e andam dizendo, em fagulha, faísca, sabemos.
Eu quero chispa daqui e dali, um canto de sossego,
de todo um espaço, do inverso ao contrário, um riso.
No canto da boca, um disfarce risonho, temeroso.
Triste é o canto sem silêncio, pois bem a boca fala,
o falador passa mal... Por falta de alma, de senso.
Para onde iremos a essa confusão? Se surtem vozes,
escoam para ouvidos e discernimento de tantos;-
E outros não. Não? A oposição, a imposição, basta.
Quem não ouve a canção do momento, a notícia do minuto,
ou da hora das horas e tantas mais, não ouve o mundo,
ouve o coração e diante desta máquina cega, não abasta.
São, os tempos em que vivemos, de não representar, de não o verbo,
representativo, facultativo ou traído pelas traíras. Faísca! Urgindo.
Urgindo, ansiando, de dentro de nós, brasileiros, de toda e cada voz.
De algo vale de tanto que a alma sofre, há de haver, de mudar.
É um fim, é um findar de recomeços, de tropeços, de trilhas.
É um começo, é sempre recomeço, de trilhas e tropeços.
É um cansar natural que soa estranho, é um ouvir sem acreditar.
É uma lágrima que dói, são os olhos apertados de quem carqueja.
É onda, é manha, é tiro, é cadeia, é farra, é desordem, é injustiça.
São dentes postiços contando mentiras, contornando as farsas.
São entes desprotegidos da mesma laia, são mentiras tolas,
Daquelas que ninguém mais acredita, ou de quem não pretende acreditar.
Preferem não acreditar, pois que nos peitos, nos hospitais, por falta de leitos,
é bom ter leite, casa, comida, merenda, bolsa, descanso, creche, fartura da miséria.
Vejo bem sem lupas nos mapas, a rota continua traçada, e nós, afundados.
(... “Brasil! Mostra tua cara, eu quero ver quem paga, para a gente ficar assim, Brasil!..."
Já cantava Cazuza.
Brasil! Daquele de um povo heroico e de um brado retumbante.
Gigante pela própria natureza, do molejo e da piada, redundantes.
É, e eu sigo meu caminho só, e quem dentro de suas cabeças pensantes,
faz do seu lar e bem estar, um peso do equilíbrio distante.
Estou acuado. Brasil de metrópoles. Existe, há de haver, tronos nos céus.
Da nossa pátria, dos nossos mil brasis, o brado e o brio retumbantes.
Glória a um deus do meu povo de fé, de esperança e otimismo.
Que de pé, enfrentaremos, como fiéis e companheiros.
Para destilar essa ladainha toda e tomar o que é nosso, Brasil.
Guy Werneck - Brasil