Templos e Verdades
Todos queremos a verdade
Ao menos é o que nos dizemos
A verdade das coisas, dos sentimentos
Dos olhares, a verdade dos bares
Em fim de noites ébrias
Verdades sérias e nem tanto
A verdade do encanto, mas nem santo
É dono de alguma verdade
Santos nada mais são que humanos
Com verdades construídas
Por homens que delas se apropriaram
Somos todos anjos caídos
Com uma certa nostalgia das asas
E da verdade que carregávamos
Tudo foi embora com a infância dos nossos dias
e se não mais éramos anjos
humanos, agora, tampouco
loucos tempos,
de templos e verdades em ruínas