GENTE BURRA DESTRÓI

GENTE BURRA DESTRÓI

 

Nunca gostei de gente burra,

Nem também dos preconceituosos,

E se vão ao caos pelas turras,

É porque somos conflituosos.

 

Quem depõe de sua inteligência,

E divaga no ócio de um burro,

Não enxerga o bem da ciência,

Ou quer ganhar tudo no murro.

 

Todo néscio tende à violência,

Pois não tem cabedal de empatia,

Mas acha que ouro é potência,

E constrói vida de fantasia.

 

O problema é que burro destrói,

Ao pensar que garimpa a riqueza,

Mas riqueza só serve e constrói,

Se o amor sobrepor essa avareza.

 

Foi ganância que sempre matou,

E queimou livros e a floresta,

Com as praias e mar que sujou,

Se o agora ao burro interessa.

 

Todo burro pensa como a cigarra,

E não vê como a vida é contínua,

E nem sabe qual fim de uma farra,

Se não sabe onde leva essa sina.

 

Mas ao querer saciar sua fome,

Cada burro caça o que quer ou vê,

Só não vai ter o dia em que some,

Pois não sabe o porquê de viver.

 

Bem assim, vai a nossa Amazônia,

E a caatinga sofre desde o inicio,

Nessa cama de prego e insônia,

Onde exortam o nosso precipício.

 

Toda essa bucólica indecência,

Dá enredo para nossa ignorância,

Pois eu reclamo da incompetência,

Se a paz não quer beligerância.