Aos homens sem fé
Caminha, o homem, eremita, arrastado pelo seu destino
E arrastando seus grilhões, seu tempo, suas quimeras
Dançando ao som das guerras e ao ruído dos festivais
Temendo seu próximo instante, sem recuar para nada
Pois ouviu de algum velho, que a coragem ladeia o medo
E que não há segredo algum a descobrir-se
Se não aquele de que nós próprios somos feitos
Nisso soube que o rumo dos seus passos, então incertos
Era para o caminho infinito que leva para si mesmo
Terra estranha e desconhecida; inóspita - dizem os sábios -
Para os homens sem uma alma que lhes dê moradia
Homens sem fé em sua própria fantasia