Aos homens sem fé

Caminha, o homem, eremita, arrastado pelo seu destino

E arrastando seus grilhões, seu tempo, suas quimeras

Dançando ao som das guerras e ao ruído dos festivais

Temendo seu próximo instante, sem recuar para nada

Pois ouviu de algum velho, que a coragem ladeia o medo

E que não há segredo algum a descobrir-se

Se não aquele de que nós próprios somos feitos

Nisso soube que o rumo dos seus passos, então incertos

Era para o caminho infinito que leva para si mesmo

Terra estranha e desconhecida; inóspita - dizem os sábios -

Para os homens sem uma alma que lhes dê moradia

Homens sem fé em sua própria fantasia

Marcelo Simas Pereira
Enviado por Marcelo Simas Pereira em 14/04/2022
Código do texto: T7494837
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