Até o Fim dos Dias

Há tantas perguntas e tanta inquietude

Que não cabem em tua casca bruta

Há luta, e há vontade, mas e a razão?

Em que porção de tempo ela perdeu-se?

Razões há poucas, ocultadas por bandeiras

E as verdades escritas nos muros

Das cidades-fantasmas que agonizam

Precisam de cores e slogans, sangue e crença

Nenhum sol nasce do acaso

E o destino é a estrada que construímos

Com os próprios e incertos passos

Até o fim dos dias

Há tantas perguntas e tanta inquietude

Que não cabem num poema

Sem problema! Não é de respostas que se vive

Nem de silêncios e esperas

Que são a antessala da morte

É de rasgos de desatino, quebras e dissensões

Nas tantas dimensões em que se pode ser

A percorrer os descaminhos

Até o fim da estrada

Até o fim dos dias

Marcelo Simas Pereira
Enviado por Marcelo Simas Pereira em 14/04/2022
Código do texto: T7494830
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