Guerra Velada

Guerra velada

Há um isqueiro procurando por luz em toda a Terra

Tentando descarregar a nobreza da paz

Mundial e existencial

Pagaremos preços altos

Por mutilar uns aos outros

Como um cão raivoso e feroz

Cada vez que o homem promove a guerra

Morre nosso semelhante,

Morre um pouco de nós

Os loucos penetrando os sóbrios

Invadindo o território banal

Não há motivação mais torpe

Do que minimizar a vida

A um idealismo fatal

Convençam suas nações

Que isso não seja em vão

Em lados opostos

Condenem esses contrafatores

Camuflados no poder

Dentro da palma de suas mãos

E nas mãos seladas está o consolo

E bem mais que a solução

Porque o isqueiro que procura a luz

Deseja duplamente, encontrar a união

E nesse contorno terrestre

O desejo insistente,

Penosamente contumaz

É em meio a tantos discursos e falas

Monossilabicamente

A paz.

Yara Duarte
Enviado por Yara Duarte em 25/02/2022
Código do texto: T7460271
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