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Não me recolho de dizer quem sou,

Nem disfarço a minha inquietude

Se me olho no espelho face a face

Ou se em silêncio as suas pupilas me arrematam

Ainda sou velcro lacrando a alma 

Sou mistério de galanteador

Perambulo no meio da calma

Contradigo as suas medidas e conclusões

Não me recolho de dizer quem sou!

 

A poesia consegue materializar, concretizar, o âmago de nossas emoções e sentimentos.

Tudo aquilo que, manifestado de outra forma, ainda estaria incompleto.

É uma conversa racional, e as vezes irracional de si com si próprio, e de si com o outro,

quando essa porta é aberta para que outra pessoa possa ler.

Escrever é liberdade... Escrevo a minha identidade e fico feliz que ela tantas vezes se conecte com a identidade de outras pessoas.

 

Seja bem-vindo(a) e muito prazer,

Yara Duarte