RETORNO
Não sou o melhor de todos,
Nem do que ninguém.
Mas dei o meu melhor,
Não posso negar, é real.
Não se omite a realidade.
Não faz bem à saúde.
Saboreio, depois de tudo,
O reencontro comigo mesmo.
Aquele eu, construído com o coração,
Foi ilusório?
Talvez! Nunca saberei.
Gostaria, porém, de tê-lo vivido em sua plenitude.
Não pude! Lamentar?
Nunca!
Foram seis décadas de uma vida intensa,
Coerente consigo mesma.
Correta? Também não sei!
Só sei que a tenho vivido.
E cada experiência que ela trouxe, me fez mais forte,
Mais confiante de que a próxima está ali,
Na próxima esquina,
Só aguardando para ser vivida,
Com a mesma intensidade que sempre as vivi.
Do início ao fim.
Terá a próxima um final?
Ou será a definitiva?
Não há resposta.
Ela está no tempo,
Supremo Senhor das Escolhas.
Será outra escolha, outros caminhos trilhados,
Com a mesma autoconfiança que caracteriza o homem que sou.
- Muito prazer! Volto a mim mesmo!