O SILÊNCIO
                                        Solano Brum
Onde está o tal silêncio? – Ah! Quero crer,
Esteja no lago onde Narciso se admirou,
Ou na copa da flor que o pássaro foi beber
O mais puro néctar e nele se embriagou!

Talvez, esteja no raiar d’um amanhecer,
Ou em ninho seco que a ave abandonou...
Nos olhos d’uma criança ao adormecer,
Na pausa ao canto que a cigarra entoou...

No singelo nome no costado d’um navio,
Na dor sentida que fica depois do adeus,
No perfume doce que exala em pleno estio...

- Quem o sabe? Não nos açoites do ciclone!
É mais certo, encontrá-lo nos olhos meus,
Macerados de solidão da noite insone!

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Versos enviados a Poetisa SÔNYA AZEVEDO, em seu Soneto NOITE INSONE, em 06/09/2021, gentilmente publicado em sua página.
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 Recebo do amigo Jacó Filho, Ilustre Poeta desse recanto, sua Interação, a qual deixa-me feliz. Obrigado meu amigo.

      LUZ DO SILÊNCIO
                                  Jacó Filho
Cala tua mente, não afirmes, não questione...
Olha-te por dentro, mergulhe no teu silêncio...
Esqueça dúvidas, foque no que te consomes...
Na quietude do teu conhecimento, estacione...

Mergulhe a tua alma, no silêncio que conduz...
Cria sem forma, gera vidas, dar-te respostas,
E aos poucos tu tens, pra tua visão, uma luz...
Sentes vida e regra que por Deus são postas...

Quando cala tua mente, abre bons caminhos,
Penetra em teus ouvidos cada som universal,
Ecoando do silêncio, cantos dos passarinhos...

Em transe profundo, algo de transcendental,
Rompeu silêncios, pra traduzir pergaminhos,
Com as respostas, captadas no Plano Astral...
                     = = = = = =
Grande e Mestre Jacó - Obrigado


foto OBRIGADO POETISA

 

               Najet Cury

Meu amor mora em ti

Mora em ti o meu amor!

Escolheu-te como recanto

P'ra viver sua completude.

Doce este encanto! Mesmo na finitude,

Faço dele o meu acalanto.

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foto OBRIGADO POETA POR ESSA INTERAÇÃO MARAVILHOSA. 

 

SILÊNCIO CATÁRTICO

                 Herculano Alencar

Quem sabe se calar na hora certa,

pensar e ponderar ao dar reposta.

Quem sabe, quando alguém lhe dá as costas,

manter sempre uma porta entreaberta.

Quem sabe iluminar a face oposta,

mostar-se, sem escudo, por inteiro.

Que sabe, mesmo sendo o derradeiro,

ouvir, de cada um, sua proposta.

Quem sabe ouvir calado um insulto,

de um homem vulgar, um homem culto...

sem ruminar a bile acumulada,

pode regar, na alma, uma semente

capaz de acalmar a dor que sente

e mitigá-la até não sentir nada.

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Solano Brum
Enviado por Solano Brum em 05/10/2021
Reeditado em 21/09/2024
Código do texto: T7357271
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