JULGAmentos....




Julguei.... e fui caindo, e caindo,
dentro de mim, um mundo de escuridão,
onde as dores eram maiores que os sonhos...


Julgando, dentro da pequenez
de um ser muito limitado,
com saber limitado,
com força
e capacidade
limitadas...


Julgava a castidade minha,
como perfeita, e padecia,
dia e noite, alma em agonia....


Então fui caindo, caindo,
crescendo dentro de mim
uma força, que não podia mais
ficar dentro de um casulo...


Padecendo, sob meu próprio julgamento,
onde a capacidade da perfeição não cabia,
fui caindo em contradição
e fazendo tudo aquilo
que eu negava,
mas dentro de mim,
me pedia....


Julguei a capacidade dos outros,
e fui dizendo pra mim, não e não,
e dentro da solidão que se formava,
tive que abrir a porta do meu coração...


Não há perfeição nos humanos!
Somos barro, somos pó,
formados dentro de nós
com uma energia cósmica,
que nos conduz
ao que somos,
apesar de toda nossa
incapacidade de ser...


E vamos aprendendo
que ser humano
é errar e se corrigir,
cair e levantar,
viver, seguir,
aprender...
Amar...


Pois, é errando
que se aprende
a melhor levantar
das quedas,
e viver,
um dia de cada vez,
nosso melhor presente...