A Soberba dos Homens
Esse coração que não para de inchar
emudece a minha alma
e me obriga a chorar
Cada passo que eu dou
cada voz que eu escuto
cada olhar que eu rejeito
rejeição de um adulto
Nada vejo aqui
nada escuto por lá
quem aprende a sorrir
já cansou de chorar
Uns desejam amar
outros querem viver
quem aprende a matar
saberá o que é sofrer
Será o Sol mais soberbo?
Ou é só impressão?
Já se foi a Primavera?
Ou chegou o Verão?
Este grande vazio
Corrompeu minha alma
já perdi a alegria
e também minha calma
Será isso uma praga?
Ou será uma doença?
Quem pode me explicar
a razão da existência
desses homens soberbos
que inventaram a ciência?