O DESAFIO EM ESCREVER
Solano Brum
Não sei se o que escrevo é um desafio...
Sei que, o momento é sempre oportuno
E o que faço, o que expresso, o que crio,
É filho que nasce, cresce e segue seu rumo.
Logo depois, bate-me o terror das cismas:
- D’onde me vem essa perfeita colocação?
São frases enquadradas em lúcidas rimas
E que trazem regozijo a qualquer coração!
- Vem do cair dos pingos da chuva lá fora?
- Da lembrança do luar da noite anterior;
Ou do látego da solidão batendo toda hora?
Não sei d’onde vem tal força de expressão
Mas sei que, o desafio me incita a compor
E o assombro vendo o texto da inspiração!
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Meus Amigos, Poetas deste Recanto, o Poeta FERREIRA ESTEVÃO está ausente e o envio de comentários suspenso. Muito me desagrada essa ausência, pois, o Irmão das Letras sempre nos brindou com belos textos. Sejamos irmãos, Abraços a todos.
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Grande Jacó! Penhorado estou recebendo seu comentário e a valiossissima Interação, citando (Augustos, - não sei bem... -) mas, ZÉ Limeira, o Grande Poeta do Arbusto. Bom, meu caro, as lembranças desses Ilustres, pois, quem sabe, se, um dia, lá... pelos 2.801, sejas também lembrado como o Poeta desse Recanto.
EXPLOSÃO LÍRICA
Jacó Filho
No batalhão de Augustos e Zé Limeira,
As armas trinam, e os céus aplaudem.
E anjos, que inspiram todas as fileiras,
Evocam os leitores pra que os saúdem...
A poesia em clarão, ao ser declamada,
Iluminando mentes de quem a escuta,
É o ponto alto da inteligência, em luta,
Contra as apatias de ignorâncias natas...
E cada repentista, que o recanto atrai,
Faz a sua parte, incentivando pessoas,
Pra ler e escrever tudo que os atordoa...
Ganhando a guerra, de fazermos mais,
Pela forma lírica, que a emoção, entoa,
Mergulhamos na luz para viver de boa...
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Agradeço, penhoradamente ao amigo Poeta Jota Garcia, Por essa Interação linda. Quero dizer que esse DESAFIO EM ESCREVER, foi publicado faz tempos e o Ilustre o visitou depois de outros já publicados. Mas, sempre está em tempo. SOMBRAS, foi algo que escrevi, sentado na beira da picina, pela manhã, sem nenhuma pretenção de escrever. Chegou, gravei e passei para o computador e você, mandei para o Amigo e Pasciente R Camacho, que o publicou e você, caríssimo Poeta, gostou.
A SOMBRA QUE ME ASSOMBRA
Jota Garcia
A minha sombra adora me imitar.
Se ando, ela anda do meu lado,
Se danço, também dança, tão colado,
Que todos já nos veem como um par.
Só consigo dela me apartar,
Quando anoitece, e eu já bem cansado,
De tanto ser por ela acompanhado,
No quarto, apago a luz e vou deitar.
Ainda assim a vejo em pesadelos,
Um monstro a puxar-me os cabelos,
Pior quando me aperta a garganta.
Perco o sono e o Sol já se levanta.
É hora do batente e eu vou pra rua,
Aonde o pesadelo continua.
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