Nada mais que Viciados
Solta o gato
deixa a porra da cadeira
lá na mesa
me abrace
não me deixe
antes que eu desapareça
Este copo foi quebrado
por excesso de maldade
poucos homens admitem
que cometem atrocidades
Este gole sem pudor
este vício a escravizar
não é hoje,
nem foi ontem
vem das mesas deste bar
Bebe agora
não amola
para de “encher meu saco”
eu só bebo se eu quiser
eu só bebo por acaso
Nesta mesa já apostei
muito tempo que gastei
quem me dava um trocado
sempre desconsiderei
a importância do dinheiro
minha vida acabei
Vejo agora que tais erros
me demarcam grande dor
sei que agora é muito tarde
mal suporto meu odor
o suor de um alcoólatra
não exala tal amor
só me cheira quem me ama
só me prendo a esta dor
viciado
viciado
sempre fui
e sempre sou!