Anseios de um Poeta Mirim
Nesta forma geométrica
balançando sem parar
O que devo escrever?
Qual poema recitar?
Minha mente atrasada
busca um tema pra abordar
não consigo me conter
Será que devo parar?
Já falei da realidade
Já escrevi histórias de amor
Também contei várias histórias
Que só refletem muita dor
Quão difícil é dizer
“Não é fácil ser poeta”
Para cada verso escrito
Uma nova descoberta
Não sou melhor do que Camões
Nem Machado de Assis
Nem sei mais que Castro Alves
Sou um mero aprendiz
Tudo o que vivenciei
Foi apenas uma parte
Um pequeno fragmento
Uma grande raridade
E quem disse que se foi
Essa nossa confiança?
Por acaso não é Deus
Nossa fonte de esperança?
Somos chuva deste orvalho
Uma simples folha ao vento
Um pequeno grão de areia
Assentado ao relento
Sou poeta e não desisto
Do meu velho juramento
Que outrora um dia fiz
Depois do meu nascimento
Deus me guarde desta vida
E também do mau momento
Sou o que sou e não preciso
me gabar com meu talento
Toda obra-prima é fruto
De fracasso e sofrimento
Sou escravo de poemas
De poemas sou detento
Poesias, Poesias
acrescento, acrescento
Quem deseja ser poeta
Sacrifique o seu tempo
Se dedique com fervor
E preserve o seu bom senso
Quem deseja ser poeta
Seja como folha ao vento
Uma hora sobrevoa
e depois volta ao relento
Poesias, Poesias
Acrescento, acrescento