ECO
Ainda, que o silêncio
Me quebre por dentro.
E que a solidão,
Faça par com o vazio...
E me vendam com o perfume
De um suave presente.
As certeza, salgadas
Pelo tempo, ainda cegam.
Ainda que a ausência
Planejada por uns e
Vigiadas por outros,
Faça crer na tua falta
E em um horizonte sem norte.
O mesmo vento que varreu o início
Mostra no meu arrastar de pés,
Que a luz, faz o mesmo caminho
Da escuridão...
Insistindo em desatar o nó
Que prende minhas dúvidas.
Mas a minha falta
Impede crer
No que não posso tocar.
E a agonia
Não deixa sentir, que o próximo passo
Não depende da estrada...
Mas sim, do que move o homem por dentro.
E as feridas expostas a céu aberto
São pura vaidade, a espera de afagos
Estranhos, que não salvam.
Sem compreender que ao sentir o caminho
Todo ser que vive, em algum momento quebra
Preso à deriva nos próprios lamentos.
E como um galho seco, caído
Sou consumido, pelo que havia esquecido.
E mesmo na terra seca, que me cerca
Busco na essência do que não compreendo
Recomeço...
Para servir e ser vida
Não mais, carne crua!
Em uma vitrine de fantasias.