OITENTA ANOS
Solano brum
Eu não tenho tanto tempo quanto espero...
Meus dias fluem como as nuvens dos espaços.
Falar de Amor, portanto, é o que mais quero;
Amor que aperta como apertam os ternos laços!
Oitenta anos tenho... Abatem-me os cansaços
Mas, mantendo a mente sã eu me esmero
Em deixar meu corpo longe dos embaraços,
Sem excluir a inspiração que mais venero!
Amo o versejar! Amo a todos desse Recanto!
Amo a mãe natureza que tanto me abrigou;
Ao Deus que me deu vida e pouco me pediu!
Perdoei o mais que pude quem me feriu,
Abri a porta para quem me procurou,
E assumi do meu irmão, sua dor e pranto!
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Recebi do Poeta Edgar, essa bela Interação. Obrigado meu amigo.
Edgar Alexandroni
No mesmo barco, logo farei oitenta e dois,
Resta pouco tempo, é bom se apressar,
E nessa linha nada deixar pra depois,
Aproveitar o tempo que vai passar.
Recebi essa dádiva de envelhecer,
Não envelhecendo, morre mais cedo,
Assim, os idosos só têm que agradecer,
Seguir em frente vivendo a vida sem medo.
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