DE OLHOS FECHADOS

Nem tristezas muito menos alegrias

Só encruzilhadas que me espreitam

E tingem de poeira meus pés na areia.

Cada passo um rastro que me arrasta

Tortuoso e claudicante num roto costurar.

Andarilho de corpo e desventuras

Não sei se estou indo ou voltando.

Pareço ter chegado sem nunca ter saído.

Nem norte, nem sul, sem estrelas… nada!

Mil pontes, mil nortes, mil enganos.

Uma única luz sempre esteve lá

Como um espantalho que assusta.

Uma placa no meio do coração:

Desarreia-se, erga a fronte, ame!

Siga em frente de olhos fechados!

Haromax

Haromax
Enviado por Haromax em 15/03/2021
Reeditado em 23/12/2022
Código do texto: T7207546
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