INSOPITÁVEL UNIVERSO

A vida que nasceu na água,

evoluiu em terra firme!

Um universo de amálgamas,

consolidou algo sublime!

Neste balé planetário;

na ordem, da desordem do Universo;

somos ingratos locatários,

pulverizando dois hemisférios!

Oh! Misterioso Universo,

que desnuda nossa ignorância!

De planetas orbitando dispersos,

com estrelas de inefáveis distâncias!

Estamos aqui sozinhos,

neste insondável espaço infinito?

Quanto incomensurável pedantismo,

fomentando nosso egocentrismo!

Somos os superiores e os escolhidos? Quiçá, vulneráveis microrganismos amontoados por pífias paixões, a revelar ingentes desilusões, sob um grão de poeira cósmica, à procura de uma existência lógica, em nosso castigado paraíso ressentido por nossa falta de juízo!

Todos em órbita,

em nossa nave espacial!

A odisseia é heroica,

nesta viagem descomunal!

Nosso planeta é extraordinário!

É um jardim a céu aberto;

é tão belo, e é o emissário,

do amor, que ele quer ver por perto!

Nós humanos e pequeninos,

somos um paradoxo da criação!

Construindo e destruindo!

Somos a demência em exaltação!

Neste impenetrável Universo! Neste desconhecido cosmo fecundo! Quantas vidas em progresso estão distantes de nosso mundo!

Oh! Quanto lamento;

pela insanidade civilizada!

punimo-nos a todo momento,

pela desumanidade enraizada!

Imensidão inescrutável,

com segredos abismais!

Seu poder inexpugnável,

mostra que somos pó, e nada mais!

Quantos homens geniais trouxeram inspirações e esperanças! Eles eram simples mortais

que deixaram boas ações como lembranças! Não nascemos para desbravar o desconcertante Universo! Somos impotentes a contemplar, nossa fragilidade para o insucesso!

Oh! Inóspita vastidão em amplitude,

que traz medo aterrador!

Suas explosões sempre amiúde,

ecoam fins e recomeços em ardor!

Somos tão presos ao tempo, à sua aleatória ordem! Somos reféns do espaço, da sintonia em desordem! Somos um pingo d’água num oceano! Somos uma efêmera passagem, conquistando vastos desenganos!

O Universo dança em sincronia,

sob as leis inexoráveis da gravidade!

Estrelas cadentes inspiram poesias,

ensejam devaneios em etérea vivacidade!

Somos seres de inteligência,

cujo esplendor é a sabedoria!

Nossa percepção em decadência,

consente injustiças todos os dias!

A ganância é uma nefasta doença,

que faz a fraternidade ser utopia!

A beligerância em nossa essência,

aflora o infausto ódio irracional!

Cultivam guerras pela inclemência;

aniquilam vidas pela reverência do mal!

Somos micróbios aglomerados, contaminando nosso ecossistema! Funestos predadores conscientizados! Somos o opróbrio de um iníquo sistema! Pois, o destruir é o nosso lema!

Vida e morte na infinitude do espaço!

Com planetas e estrelas que perecem,

sem adornos de epitáfios!

O Universo em expansão,

na magnitude inimaginável,

nunca saberemos, porque a razão,

de sua existência insopitável!

Neste vácuo do espaço,

onde é gélido e sem sons!

O tempo é aprisionado,

pelas desconexas dimensões!

Sem ar e gravidade, sem emoção em sentimento; a escuridão é a totalidade de mistérios sem argumentos! Galáxias, planetas e constelações; afastados por incógnitas e segredos! Estrelas na infinidade em explosões! Vida e morte interagindo sem o medo!

Universo de insondável energia;

de impensáveis temperaturas e radiação!

Seu poder não é ficção imaginativa!

Mas, jamais desvendaremos a sua criação!

Nós aqui no planeta Terra,

a viver numa poeira cósmica!

Quase invisíveis! E a soberba é o que impera!

Celebrando a vida de maneira ilógica!

Nossos ódios! Nossas guerras!

Irão pôr termo ao paraíso!

Pois, dentro de nós existem feras,

que dilaceram nosso juízo!

Sob o vácuo do Universo,

a Terra gira em magia!

O seu encanto é um sucesso,

só pode ser obra divina!

Oh! Universo deslumbrante! Que instiga fantasias e quimeras! Eleva um romantismo inebriante, na estrofe que aqui se manifesta: “ Certas pessoas não acreditam, que uma única alma, nascida no Universo; divida-se em duas e se projete feito estrelas cadentes na Terra; onde pela força magnética do amor se reunirão novamente. “

Estamos todos em órbita,

junto ao nosso planeta Terra!

Sua atmosfera tão acólita,

presenteia a vida que prospera!

Esplendorosa nave espacial,

que cinge o astro-rei!

Respeitá-la é sabedoria vital;

pois, é o lar que nos convém!

Tempestades solares, e asteroides gigantes; enigmáticos quasares neste Universo impactante! Oh! Quão vulneráveis somos pelas causas aleatórias! Realidade é o despertar de um sonho em que o viver é uma vitória!

Neste trilhar imprevisível,

em que o amanhã é incerto!

O agora, deste instante é imprescindível,

pois, o fim sempre estará por perto!

Viemos na hora certa,

neste planeta espetacular!

Sem as eras glaciais funestas!

Sem os dinossauros a nos espreitar!

Mas o homem é tolo e ignorante, investindo em arsenais de guerra! Ogivas nucleares neste instante estão prontas para destruir a Terra!

Oh! Surpreendente Universo,

em que somos pífios parasitas!

A paz seria o amor em sucesso!

Mas nosso rancor só provocam vítimas!

Portanto, porque sempre lamentar,

a sorte numa jornada pulsante!

Porquanto, nunca se contentar,

em um viver de aprendizado constante!

Bilhões de anos a engendrar nosso planeta agora fascinante! Nós, cruéis predadores a destroçar esta joia do Universo a todo instante!

Ah! Nossa admirada lua;

que acompanha-nos noite e dia!

Estabilizando o eixo da Terra;

inclinando-a com maestria!

As marés e estações do ano,

não haveriam sem a sua garantia!

Sem o Sol, e sem a lua,

a raça humana não existiria!

É uma bênção que se perpetua,

anuindo esperanças, vidas e alegrias!

Tão desconhecidos e desconcertantes,

são os buracos negros avassaladores!

Devoradores com um poderio impressionante,

guardam segredos que se deslocam destruidores!

Tempo e espaço em quarta dimensão! A razão humana não está preparada para assimilar este Universo em expansão! Aqui! Vamos nos destruindo com a empáfia abraçada! Contudo, nossa ignorância apresenta-se inviolada!

Neste planeta de interações,

em que o ser humano é favorecido;

vamos experimentando exímias emoções,

sem encontrar o elo perdido!

Ah! Em nosso universo de vaidades;

achamo-nos doutos, em nosso âmago inculto!

Somos narcisistas em enfermidade,

e egocêntricos pelo espírito estulto!

Orbitando nesta poeira cósmica, somos um grão envolvidos pela futilidade! Neste Universo em que a ordem é contraditória, vidas alienígenas, quiçá existam em possibilidade!

Oh! Universo assombroso e impenetrável!

De estrelas titânicas em fusão nuclear!

Moléculas gerando radiações inescrutáveis,

numa potência de imensa energia espetacular!

Ah! Que fascínio é a noite de estrelas; contemplando-as; vendo seu lume de outrora! Luzem distantes e mesmo assim podemos vê-las! Inspiram o nosso mundo pelo êxtase que aflora!

Etéreo azul planeta Terra,

com seus rios e mares exuberantes!

A vida; bem supremo; não se encerra;

pela água indispensável ao nosso alcance!

Universo extraordinário e inexplicável,

que revela intangíveis conjecturas;

a perplexidade é incomensurável,

por sua incompreensível estrutura!

Universo em sua quietude irrequieta!

Silente em seu desmedido espaço arrebatador!

Cintilante negrura misteriosa e complexa!

Expandindo-se por fusões em ardor!

Cosmos de encanto e inspirações!

Que em sua poeira está o planeta Terra!

A vida que foi feita por ingentes explosões;

irradia esperanças, para ações mais fraternas!

Alberto dos Anjos Costa
Enviado por Alberto dos Anjos Costa em 22/02/2021
Código do texto: T7190335
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.