NA PANDEMIA

Na Pandemia perdi amigos

Amigos de amigos

Corri perigo, riscos

Vendi meus discos

Inclusive, os favoritos.

Na Pandemia o cabelo cresceu

A barba embranqueceu

Todos os meus chinelos

O meu cachorro comeu

E o coração doeu!

Na Pandemia perdi o emprego

E muita das vezes o sossego

Acordando cedo

Sem dinheiro

E tive medo...

Na Pandemia o sol era o mesmo

A Lua era a mesma

O Silêncio

A ermo

A esmo

Na Pandemia mesmo no limite

Minhas filhas sorriam

Minha esposa cantava

A Fé dilatava

Enchendo-me de esperança

Nunca estive tão isolado

Nunca passei tanto tempo em casa

Nunca fiquei distante de abraços

De apertos de mãos

Longe da multidão.

Jonathas Oliveira

Jonathas Oliveira
Enviado por Jonathas Oliveira em 17/02/2021
Reeditado em 17/02/2021
Código do texto: T7186781
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