VERSOS ÍNTIMOS
AUGUSTO DOS ANJOS
Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de sua última quimera.
Somente a Ingratidão – esta pantera –
Foi sua companheira inseparável!
Costuma-te à lama que te espera!
O homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.
Toma um fósforo. Acenda o teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.
Se alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!
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NA MESA DO BAR
Solano Brum
Ah, viver de sonhos! Isso é pura fantasia...
A realidade vive a nos encarar de frente!
Há sempre algo desconhecido ao raiar do dia
Testando-nos o coração, a alma ou a mente,
E isso, sem falar da pedrada contundente,
Ou o que nos leva ao caminho da apostasia!
Os sonhos são possíveis, mas, frequentemente
Debatemo-nos com os que nos tira a valentia!
Beba o quens no copo e encha mais no meu!
Brindemos sua nova vida em comum tilintar
E ofereçamos ao santo um gole por simpatia!
Esqueça quem te feriu... Pouco te prometeu!
Não é assoprando a ferida que ela vai sarar,
Sequer o pranto, há de diminuir tua agonia! (*)
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(*) QUE O PRANTO DIMINUI AS AGONIAS, última frase da primeira estrofe do Soneto ESTRANHAS LÁGRIMAS, do Poeta José Félix Alves Pacheco [Félix Pacheco]
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Ah, caríssima Poetisa, como me sinto feliz por sua interação! Obrigado.
TROVA (Pedido)
Ellinn
Oh! Lua clara prateada
Que tudo aí do alto vê
Onde anda o meu amado
Dizes, ou de amor vou morrer.
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Obrigado Ellinn
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Recebo com muita satisfação a integração em trovas do Poeta
Luciênio Lindoso
Os sonhos é que nos pregam peças
Enquanto sonhamos, ele nos sonha
E sem as nossas conhecidas pressas
Torna-se real e deixa a vida risonha.
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Obrigado Poeta.
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