NÃO É CULPA, É DOLO!

NÃO É CULPA, É DOLO!

Não chamo de descuido,
E nem acho ser culposo,
Pois reclamo do absurdo,
Da granja ter um raposo.

Só há dolo no terror,
Que uma arma tanto causa,
No deboche frente à dor,
E o descaso que nos mata.

Em disparo ou explosão,
Nas flechadas ou num corte,
Sofre o povo na ilusão,
Que a guerra nos conforte.

Pois decantam que a paz,
Nos exige um vil preparo,
Quando o que a arma faz,
Não sugere algo claro.

Pois só morre quem se ilude,
Que armas combatem o mal,
Ou quem acha que amiúde,
Guerrear seja normal.

E assim eu me deparo,
Com loucuras sem igual,
Pois a guerra é algo caro,
Sendo injusta e infernal.

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