OLHANDO PARA TRÁS
OLHANDO PARA TRÁS
Hoje sou quase caipora,
Pois só olho para trás,
Sem ter mais a espora,
Ou me saber capaz.
Já nem quero o futuro,
Se a idade me só traz,
O medo do obscuro,
Que lembra Alcatraz.
Então vejo os presídios,
Tão cruéis onde se jaz,
O natimorto em suplícios,
Pois não sobra um rapaz.
Como Papillon não teve,
A vida dos demais,
E sua barata não esteve,
A lhe olhar no cais.
Então o olho nas costas,
Me projeta ao início,
Quando nem tinha botas,
Sendo fera por um vício.
Até quando o fogo fátuo,
Ou a carne de acém,
Tosquiam meu almoço,
Pra viver mais além.
Tendo a carne e a lã,
E os neurônios do amém,
Mas louvando o meu clã,
Sendo um Santo também.
E assim fui crescendo,
Num mistério incontido,
Mesmo com o Sol nascendo,
Perdido no escondido.
✨🔮🕰️🌝
OLHANDO PARA TRÁS
Hoje sou quase caipora,
Pois só olho para trás,
Sem ter mais a espora,
Ou me saber capaz.
Já nem quero o futuro,
Se a idade me só traz,
O medo do obscuro,
Que lembra Alcatraz.
Então vejo os presídios,
Tão cruéis onde se jaz,
O natimorto em suplícios,
Pois não sobra um rapaz.
Como Papillon não teve,
A vida dos demais,
E sua barata não esteve,
A lhe olhar no cais.
Então o olho nas costas,
Me projeta ao início,
Quando nem tinha botas,
Sendo fera por um vício.
Até quando o fogo fátuo,
Ou a carne de acém,
Tosquiam meu almoço,
Pra viver mais além.
Tendo a carne e a lã,
E os neurônios do amém,
Mas louvando o meu clã,
Sendo um Santo também.
E assim fui crescendo,
Num mistério incontido,
Mesmo com o Sol nascendo,
Perdido no escondido.
✨🔮🕰️🌝