ENCLAUSURADA
O sistema que me enclausura,
Muda de nome e finalidade.
Meus ouvidos não escutam,
Meus pés anseiam liberdade.
Morro mil vezes ao dia,
Respirando um ar pesado.
Meus olhos não tem valia,
Para ver corpos jogados.
Aprecio minha presença,
Sendo a única disponível.
Minhas profundas ausências,
Me torna mais previsível.
Não ouso se quer reclamar,
Não pretendo padecer ainda,
Só me resta, dias a contar,
Somar dores sem vacina.