MASMORRA
Silêncio sobre Silêncio
Eis o que ouço dos dias.
Todos os sons se acumulam
Em mim para depois vibrar.
Sangra-me pela boca
O tempo que me foi
Tempo de retornar
Ciclo que se cumpre.
Inevitáveis tarefas humanas
Por insistência dos sonhos
Faço vibrar então, o som
De meus punhos cerrados.
De encontro às paredes
Sacudidas por soluços
A casa não cai
Alicerces de pedra.
Já nada oculto
Já nada ouço
Nem chuva, nem tempo
Nada se abate, nem eu!
T@CITO/XANADU