CONFINAMENTO

Solidão – Wikipédia, a enciclopédia livre

Sob este céu que me alumia
Angústia home office, contrita
Nesta cidade tão vazia
Acostumando ainda, meio aflita

Areias claras e fofas hoje, tão solitárias cores
Águas verdes e azuladas, convidativas
Arranha-céus cheios de ecos, contempladores
Reclusão necessária, salutares, mas, opressivas

Palmeiras e coqueiros ventilantes
Solidão confinada nos lares
Exercitando paciência, suspiros bufantes
Saudade de gente, vozes e bares

Nunca clamei a Deus tanto assim
Dentro sinto falta do labor, no trabalho falta da casa
Que isso tudo tenha logo um fim
Que ninguém mais vá para uma cova rasa

Inspirar, expirar, inspirar, expirar, contar até dez
Serenar o hecatombe e deixar a imaginação fluir
Buscar nas linhas da vida o nosso viés
Agradecer pelo que se tem e esquecer o porvir

O tempo passa, com horas, minutos, segundos e instantes
Proteção com bom senso, tendo num bom livro o alento
Celulares e telas, aproximando os que estão distantes
Ficar tranquilo, pois Deus é Maior e está atento




*Imagem - Fonte - Google
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Cristina Gaspar
Enviado por Cristina Gaspar em 07/04/2020
Código do texto: T6909546
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