STOP TIME

(José Ribeiro de Oliveira)

Preso coração, compulsado,

Nesta agonia atroz.

Triste solidão, isolado,

Só a pensar em nós.

Nada, somos nada,

Uma corrente de papel, na porta,

E a multidão caindo ali, já morta,

É o caus, que a humanidade,

Demorou pra ver,

Que a vida, não tem fronteira,

Quando é pra morrer.

De que vale, meu lugar ao sol,

Nas manhãs, eu ver o arrebol, sozinho,

No meu caminho,

Eu já não posso mais seguir assim,

Porque me olham como um gás Sarin.

Os meus anéis, já não me atraem em fim.

E o amanhã, já dizem que é o fim.

Mas nada, somos nada,

Uma corrente de papel, na porta,

E a multidão, caindo ali, já morta,

É o caus, que a humanidade,

Demorou pra ver,

Que a vida, não tem fronteira,

Quando é pra morrer...

Professor José Ribeiro de Oliveira
Enviado por Professor José Ribeiro de Oliveira em 23/03/2020
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