STOP TIME
(José Ribeiro de Oliveira)
Preso coração, compulsado,
Nesta agonia atroz.
Triste solidão, isolado,
Só a pensar em nós.
Nada, somos nada,
Uma corrente de papel, na porta,
E a multidão caindo ali, já morta,
É o caus, que a humanidade,
Demorou pra ver,
Que a vida, não tem fronteira,
Quando é pra morrer.
De que vale, meu lugar ao sol,
Nas manhãs, eu ver o arrebol, sozinho,
No meu caminho,
Eu já não posso mais seguir assim,
Porque me olham como um gás Sarin.
Os meus anéis, já não me atraem em fim.
E o amanhã, já dizem que é o fim.
Mas nada, somos nada,
Uma corrente de papel, na porta,
E a multidão, caindo ali, já morta,
É o caus, que a humanidade,
Demorou pra ver,
Que a vida, não tem fronteira,
Quando é pra morrer...