MARASMO
Abraços! Abraços?
Por teres escapado dos laços
Que te sufoca e te consagra
Minha, tinha ausente somente
Aos meus olhos não tão ávidos.
Talvez a vida inteira não baste
P’ra perder tentando remover
O tempo e ver tão sem surpresa.
Como se vê a sequência de
Uma sonata, e assobio.
Ponho-me a tocar os corpos
De a ou ó, alma desocupada
E sinto-te como o solzinho de
Inverno que não deixa mais
Que uma sombra.
Sombra. Ah! Este é o nome do teu
Peito aberto, estou certo.
Certo de ser mais espírito do que corpo!
E ver no Cristo um louco
Certo de poder, poder pegar minhas
Lágrimas e levá-las a uma represa
P’ra que ilumine um novo mundo.
“C’est aussi simple qui, une phrase musicale!”
T@CITO/XANADU