Guardiã
Levo o meu peito
Arfante
A língua umedece
Os lábios
Na face rubra que
Mancha o pálido
Nesse inerte
Labirinto paradoxal.
A vida não cansa
De brincar
Enfados destinos
Entre permitidos
Delírios tristonhos.
Se prostra sem
Essência
Dobras infinitas
Do tempo
Um improviso
Inesperado
Risos quentes
Beijam a malina
Tez da manhã.
Afagos de lágrimas
Frias.
E as borboletas
Bailam
Na suposta liberdade
De um jardim
Suspenso.
Guardiã das raízes
De tantas flores
Impedidas de nascerem
Sem cicatrizes.
Tantos homens gris
Na borda da brisa
De uma tarde cinzentas.
Daniel Gomez.