O PÊNDULO DA VIDA

Por muitas vezes questionei-me sobre o que é a vida? No que ela consiste? Por que sofremos? Essas perguntas levam-me a entrar no âmago de minh’alma e a conectar-me com a natureza na busca por respostas. Sendo assim, começo por dizer que não sei de fato o que é a vida, mas sei que esta nos foi dada e podemos saber que ela existe pelo simples fato de existirmos. Certo? Mas o que prova nossa existência? Pois existir não é apenas respirar, mas sim o modo como se vive. Como você vive? Te faz feliz? Viver é sentir-se em corpo e espírito. Como está seu estado de espírito? Pois para viver é preciso primeiramente sentir-se vivo. Isto é, sentir-se capaz de perceber que um novo dia raiou e que a luz que brilha lá fora também brilha em você, sentir que você é um ser feito de luz, que também nasceu para brilhar. É saber que o brilhar está na luz que você irradia com uma palavra, um gesto ou um olhar. E compreender que viver é um ato e que a felicidade está nos pequenos detalhes. Sendo assim, acredito que a vida consiste em sua completude na junção dos nossos atos, em que cada ato soma-se ao outro e por fim mostra quem somos. Porquanto, somos aquilo que fazemos. E o que mais fazemos desde a primeira consciência como ser humano, é escolher, pois viemos a essa vida tendo o livre arbítrio. Escolhas...Por muitas vezes fazemos escolhas, mas não pensamos se de fato é a mais certa a ser tomada. Mas, o que a define como certa? Acredito que escolha certa é a que não nos fere e nem fere a outrem, é aquela que permite transitarmos entre o presente, o passado e o futuro sem nos sentirmos arrependidos e sem dor; é como um pêndulo, que ao passo que parece ir para frente ele é lançado na mesma velocidade para trás, fazendo com que nos certificamos ou nos arrependemos sobre o escolhido. Porém, há momentos em que queremos só seguir adiante, mesmo sabendo que a escolha não fora certa, mas o pêndulo te lança para o passado e te tortura. Bom, nesse caso, não nos adiantará esquecermos nossas escolhas, mas partir delas para que tenhamos um presente e um futuro melhor. Portanto o pêndulo não para ele sempre irá existir, porque fazemos escolhas a todo instante. E mesmo que estas não tenham sido a mais precisa, te servirão como ensinamento para as que virão adiante.

Débora Napoética

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