DEBAIXO DA ARVORE
Debaixo de uma arvore no declínio da montanha, sinto a brisa tocar-me a face, lembrando dos nossos momentos questionei-me se era um enlace? Pois não recordara de nenhum juramento. Mas, de certo havia entre nós algum sentimento.
Ao observar a natureza deixe-me por alguns instantes perder em meus pensamentos; o vento balançava as folhas das árvores, os raios de sol invadiam entre os galhos, alguns pássaros voavam livremente de forma fascinante e outros pousavam no esgalho. Que sensação maravilhosa! Todo o som da natureza acalma minh’alma e me conduz a perceber o quanto é precioso cada momento. Nesse emaranhado de pensamentos, vejo-me a questionar-me quanto vale o tempo? E após refletir respondo que o tempo vale uma fração de nossa vida, e cada momento desperdiçado é um pedaço arrancado, é uma parte que não foi vivida. Agora já é tarde e lá finda o poente, debaixo dessa arvore compreendi que o que mais vale é amar e viver, pois não vivemos eternamente. Então não deixemos que as angústias nos tomem causando martírio, e sim que procuremos nos afastar das pessoas e sentimentos que faz com que percamos cada preciosa fração de nosso tempo, da pureza do branco lírio.