Meu céu

O céu que vejo nessa sonoite

É o que colori

Com minha história.

A lua tão sibite

Reflete o que vivi.

Meu espírito não tão maduro

Carrega o fardo

De atos precipitados,

Um tanto errados,

Outros exagerados,

Alguns certeiros,

Porém sinceros.

Dependente se me arrependo

Ou não ,

De falar antes de pensar,

De amar antes de sentir o romance,

De perder algumas chances

Por mal me expressar .

Minha essência foi derramada,

Deixando no meu céu um borro

Feito dos meus pensamentos

Que nele decorro.

Minha história amada

Nada encantada ,

Deixou o lençou estrelado

Saliente .

Mesmo na minha infame tentativa

De agir acautelado

Para deixar tudo modelado

E organizado,

Foi em vão.

No entanto, aventuresco.

Deixou o ar que dança de baixa do céu

Mais fresco,

Mais doce ,

Como se fosse de mel .

Se tornou único ,

Maior que tudo ,

Porém pequeno,

Como se pudesse guardar em um frasco.

Um universo de sentimentos

A salvo no bolso esquerdo

Da camisa,

Afim de equalizar com meu coração

Até que sozinho ,

Sintoniza

Ao seu tempo

De maneira natural

Como se fosse normal

Mas de forma glacial.

Um palácio maciço,

Oco ,

De madeira ,

Palha,

Com alguns tijolos.

Todavia,

Tem seu viço ,

Parece que nele avoco

Muitas falhas,

De certa forma ordeira,

Do seu jeito.

Colecionando pontuações

E outras regras gramáticas

Pra dar ênfase as emoções

Que estão por vir nessa história.

Não dá pra evitar o céu,

Tomou a forma do que sou hoje.

Se mudasse umas páginas

Teria outra cor o lençou estrelado.

De pouco a pouco ,

Minha história fará meu céu,

Para todo sempre e mais um dia.

Ricardo Palermo
Enviado por Ricardo Palermo em 21/01/2020
Código do texto: T6847311
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