Privação
Na taberna dos sonhos
prateleiras vazias
fazem proclamas de solidão.
Atiro-me sobre as horas
para matar o tempo
de saudades imorríveis.
Escrevo joios em minha seara
que o minuano
varreu de silêncios e gafanhotos.
Em meu peito seco
correm areias e desesperanças
inundando as vazantes de nostalgia.
Meus dias são de eterno perder-me
se te ausentas
da minha diária ração de amor.
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