Armistício

Minha atiradeira em repouso.

Funda calada, assim estou

De espada embainhada na pedra.

Sem pecados, na infância,

Estilhacei a primeira vidraça

Coquei em pomares alheios

Aturdidos Golias diversos.

Mas em tempos de monções e mocidade

Brandi Excalibur por malogradas cruzadas

Fiz guerra ao mundo

E, por um triz, não me atirei

Nos abismos psíquicos, às substâncias.

Hoje cansado de brigar

Batalhas improváveis, deponho minh’alma

Em tributo à gloria de homúnculos

Guerreiros comuns do cotidiano combate

Contra a vida.

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