Erramos sem culpa...
Erramos sem culpa...
Celso Gabriel 'Boaratti' de Toledo e Silva – CeGaToSí®
Poeta de Luz® - Arquiteto de Almas® - Poeta dos Sentimentos®
Poeta da Vida® - Querubim Poeta® - Encantador de Palavras®
Concebida em: Piracicaba-SP, 05/janeiro/2019 – 01h: 43min.
O imperfeito ser que se diz humano repleto de falhas,
Não tem mais consciência e ruma para sua destruição,
Sequer é capaz de preservar ao Planeta, a sua morada,
Desmata suas florestas pela cobiça e ganância insana;
Usurpa sem piedade de qualquer recurso disponível,
Fazendo, pois uso como desculpa o bem pelo futuro,
Mata os seus animais, os silvestres, pássaros e abelhas,
Finge acolher alguns e depois os abandona friamente;
Se é corrompido sem nenhum pudor já na tenra idade,
Muitos são subornados pelos pais para se ter a sua paz,
Outros esquecidos e negligenciados ao simples descaso,
Alguns até ceifados da chance da vida por banalidades;
Compram através de suas crianças a sagrada liberdade,
Se preciso vendem o seu caráter e índole por migalhas,
Adulam com a futilidade de bens materiais a dignidade,
'Rouba-se' a infância, de certo a própria essência d'alma;
Ensina-se a mentir, a roubar, a se prostituir e tirar a vida,
'Alimentar-se' dos vícios que apodrecem ao frágil corpo,
Contamina ao espirito que aqui se faz estar por evolução,
Não se perpetuam os valores essenciais para o bem viver;
Vive-se do egoísmo que aniquila as emoções e sensações,
Desprezam-se os sentimentos, são 'máquinas' biológicas,
Almejam a plena perfeição se nem sabem ser solidários,
Cultuam-se como deuses imortais sendo tolos perecíveis;
A existência faz não ter mais valor algum, nem precisão,
Mercadorias descartáveis, um produto que se faz usável,
Não se compartilha caridade, afeto, tão pouco o amor,
A moeda é o prazer por interesse, a necessidade própria;
Erramos sem culpa, sem peso algum que isto irá nos ferir,
Esqueceu-se da decência, da honra e da vergonha própria,
Maculamos até ao Criador com a falta de Fé e princípios,
Cuspimos em seus ensinamentos e limpamos nossos pés;
Renega-se ao suor que edifica aos justos pelas facilidades,
Oferta-se dízimo que engana pela benção da imortalidade,
Veneram-se falsas crenças, apedreja a que deveria ser esteio,
Crendo que com o poder do dinheiro a tudo se faz comprar;
Caminha-se lúcido e confiante para o abismo da ignorância,
Se não bastasse leva-se muitos outros seduzidos e dopados,
Pela ironia d'um suicídio coletivo e ou morbidez descabida,
Cientes que nós vis e mesquinhos humanos temos algum valor.