Sussurro da paz,
Nesse tempo cinza,
Será alguém capaz,
Esquecer, que agoniza.
Como o pássaro quieto,
Na beira do precipício,
Analisa em cada ato,
As mortes, e o principio.
Ninguém bate as asas,
Nem lhe pede opinião,
Qual seria as causas,
Do desespero, solidão.
As vezes, o sussurro
Tem que estravasar,
Não basta frase no muro,
Nem o jogo de azar.
Estamos presos ao nós,
Como quem não quer soltar,
Enrolado nos lençóis,
Não disponível para amar.
Olho o precipício,
Vejo o pássaro, me fitar,
Seria agora o principio,
De, minha forma de voar.