Minha 'casa' de madeira
'Releitura poética'
= = = = = = = =
Minha 'casa' de madeira
Autoria: Wellington Santos de Sousa
Piracicaba-SP
= = = = = = = =
Celso Gabriel 'Boaratti' de Toledo e Silva – CeGaToSí®
Poeta de Luz® - Arquiteto de Almas® - Poeta dos Sentimentos®
Poeta da Vida® - Querubim Poeta® - Encantador de Palavras®
Realizada em: Piracicaba-SP, 04/maio/2019 – 14h: 38min.
= = = = = = = =
Casa de madeira,
Feita de lágrimas frias,
Angústias e remorsos;
Como uma 'casa' aguenta tanta guerra?
Vivencio em meio às valas,
Acima de mim corpos que andam,
Porém jazem mortos;
Como uma 'casa' aguenta tanta guerra?
Vejo a porta que está reforçada,
Nada mais entrará aqui,
Nada tentará, pois partir;
Embora queira jamais neste cômodo frio ficarei.
Batem a porta, 'ela' está quebrada,
Faz-se um som perturbador,
Quem sabe libertador;
Confesso...
Não sei mais discernir.
Minha solidão vai me confortar?
Em meio à destruição caminho,
Como ainda não fui destruído?
Não encontro a explicação;
Em meio a tanta melancolia faço-me só,
Páginas rasgadas, um passado arrasado,
Quero olhar para o céu, sentir a liberdade;
Mas o que aparentemente me protege não permite o observar,
Lembro-me do som da tua voz, ecoa em minha mente,
Que desespero, meu coração não sabe mentir;
Confundem-me emoções e sentimentos,
Quero evitar sentir isso tudo por você,
Será que estou a viver fora da realidade?
Quero 'correr',
Quem sabe 'voar',
Para reescrever e corrigir;
Nossa, como uma 'casa' aguenta tanta guerra?
As paredes estão a cair, o que faço?
Não consigo segurá-las,
Tudo está a ruir, pedaço a pedaço;
Contudo sinto algo novo agora...
Neste instante percebo o vento junto à poeira,
Onde estão as palavras?
Devo buscá-las?
Será que ainda me resta algum tempo?
Penso acreditar que não,
Dessa 'casa' de madeira nunca mais sairei,
Não posso me mexer;
Já não posso respirar,
Apenas posso descansar...
Para sempre.