A SAUDADE QUE NÃO DEIXA RECORDAÇÕES
Eu poderia falar dos meus
Dos teus e dos nossos
Lembrar-me com ardor
Das idas e vindas
Dos adeus que quando junto estávamos
Nas despedidas despidas
De um findar, até logo...
Hoje imagino apenas
No pensar em tudo
Quase dormindo...
No que fui, sou e serei...
Recordar o passado é ver-te
Nas sombras dos nossos, vossos...
Não poderia deixar de pensar no lamento
Tu me vestisses
Eu tirei a tua máscara
Eu sepultei os vossos recortes
Os nossos arrependimento
Justo ou injustos
Eram angustias
De um adeus breve
De um até logo infindo...
Não lembro da recordação
Penso na saudade antiga
Por alguns momento
Da casa dolorida, vazia...
De muros baixos com quintal
Roupas nos varal
Vento sobrando até secar
Corredores, para esconder
Cartas, fotos, livros, objetos
Escadas para subir e descer
Para caminhar pelo jardim
Ilusão e delusão
Deduzo o tempo
Porém em brinco com a passagem
Do tempo.