Eis o que vale, num vale de lama, a irresponsabilidade da Vale...

Música Celta - Calmaria - Flauta, piano... Estudar...

https://www.youtube.com/watch?v=2dVyPvdMtwg&t=94s

Escorre a água da mina,

lá em Brumadinho, passando

pela cidade, no córrego do

feijão: água cristalina; abundância...

Água em abundância, favorecendo

a região, de pessoas simples e

ordeiras, trabalhadores roceiros

por natureza; e que beleza de natureza...

Tanto valor vale água limpa e

florestas verdejantes, entre vales

e montes, valados e ribanceiras,

e na planície mais plana, plantações...

Entre árvores e plantações, pastos

e gado leiteiro, galinhas correndo

no terreiro, entre patos, marrecos,

tico-tico, passo'preto, tamanduá...

No valor daquela calmaria, tudo,

mas tudo mesmo, bem rotineira,

de maneira ordeira, transcorria...

De repente o estrondo, acabou a calmaria...

Lama escorrendo rapidamente, como

vulcão quando entra em erupção;

sem aviso, pega quem de surpresa,

pelo caminho da 'invasão'...

E cai o valor da mineradora da Vale,

perdendo seu valor financeiro, com

queda da ação na Bolsa de Valores...

E Brumadinho, quanto vale?

Quanto vale as vidas que foram?

Quanto vale a água invadida?

Quanto vale as plantações, engolidas?

E a floresta, a flora e a fauna, valem?

Quanta dor, quanto lamento,

quanto choro: que tormento!

Mas, valia muito pra Vale, tornar

aquele lugar, um seguro vale?

Eis o que vale, a invalidez

das responsabilidades inválidas;

desqualificadas pela sórdida,

economia dos ricos!!!E os Pobres?

E agora, Brumadinho, como vamos

ouvir, tranquilamente de manhã,

os cantos dos passarinhos?

Porque, de tudo, isso é que vale:

A tranquilidade, a segurança, a paz!

E as vidas que se foram? Já enterradas...

pela lama, que desceu vale abaixo, enxurrada...

Maria Tereza Bodemer
Enviado por Maria Tereza Bodemer em 28/01/2019
Reeditado em 28/01/2019
Código do texto: T6561748
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