Insanidade

Caminho devagar, rumo ao precipício

Parte de mim nao quer cair,

E observa tudo calada, aterrorizada,

A parte fraca, já subjugada, minha sanidade

Há muito reprimida e silenciada

Ela observa, causando-me dor, os meus passos

Passos de morte, rumo ao precipício

Mas em minhas vontades, meus planos, aspirações

Sou toda insana

E com a dor agonizante da sanidade

Permaneço caindo

Parece-me que sou duas,

A sana, prisioneira, degladiando contra a insana,

Esta, uma estranha que se apossou de mim,

Nao fui sempre assim.

Marta Almeida: 12/01/2019