A sala

Sala tranquila, tudo silêncio

Ninguém nela. Vazia, fria, desabitada.

De repente, o mundo todo nela

A vida acontecendo, pessoas entrando e saindo

Com todos os seus conflitos, com suas dores

A sala, lentamente, vai ficando poluída, amarrotada,

Com cores desbotadas, móveis fora do lugar

Agora, habitada, mas desgastada,

Suja, se limpando dia após dia,

Se pintando, recompondo sua ordem

Pra o uso desajustado se repetir.

Me pergunto se não deveria aceitar a desordem, o caos.

Marta Almeida: 09/12/2018