BARÃO DE MAUÁ (POESIA)
BARÃO DE MAUÁ (POESIA)
AUTOR: Paulo Roberto Giesteira
Irineu Evangelista de Souza do prazer a que tudo convém...
Construtor da primeira ferrovia brasileira com sinos a ressoar blém, blém, blém...
A estrada de ferro que levou o nome de Mauá para passar o seu primórdio trem;
Deste inicial investidor empresário a angariar lucros de quem vai ou de quem vém.
Criador das primeiras iluminações das cidades pelos relógios Big Bém;
Os telégrafos cruzando oceanos para um outro país mais além;
De uma plataforma ferroviária as arapongas a cantar tém... tém... tém...
Com apostas sobre os bichos até o acerto daquele que for um porém...
As fundições de ferro como mais que um processo que está aquém...
Dos estaleiros que deram aportes de extrações dos mais que a tem...
As explorações do Rio Amazonense como que as descobertas convém...
Barco a vapor deste industrial ligando os estados por vias fluviais também...
Dando nome de Banco do Brasil para um banco privado que era seu,
Deste nome surgiu o estatal banco brasileiro ao que se estabeleceu;
Sobre a Carta Magna do Príncipe Regente Dom João a que apareceu,
Do Banco da Indústria e Comércio ficando daquilo que a junção forneceu.
Lá pelo país vizinho Uruguai um outro banco foi o que se valeu,
O Banco do Uruguai inventado por Barão de Mauá fez a que cresceu,
Seus prestígios, finanças e bens alcançando o seu mercantil apogeu,
Das bandas do estado do sul a suplantar as riquezas desde onde ele nasceu.
Das escuridões das cidades e bairros de que antes eram um breu...
Das primeiras embarcações brasileiras que adiante do desenvolvimento a importação transpareceu;
Dos transportes trações animais endêmicos a levas que as multidões fazem os haréns,
De umas das primeiras ações de valor como de pequeno custo ou alta a passar de cem.
As primordialidades das surgidas orquestras a tocar, valsas, sonatas ou réquiens...
Do Imperador Pedro II absolutista individualista de que nada se abstém,
Das idealizações do Barão de Mauá de que a sua obra de nada a intervém;
De que de muitas evoluções ele foi como comparar a nenhum outro ninguém.
Foi dele os primeiros vagões puxado a vapor dos transportes dos trens,
As locomotivas adentradas as matas sobre os trilhos paralelos a vinténs;
As máquinas coercitivas da Belle Époque chegando ao que é hoje a um Citroen;
Realizador evolutivo deixou um legado herdado a toda uma nação instituída pelo bem.
Das suas muitas empresas fabris dos produtos mercantis para transportar,
Pontes sobres os córregos com as suas charretes levando o que é de atravessar;
A cortesia gratificante de um meticuloso café, ou mesmo de um acalantado chá,
Sobre todos os seus negócios desponta o majoritário comerciante Visconde de Mauá.