[Novos velhos]

Os novos velhos

Não desejam rédeas ideológicas,

Tão pouco, obedecer anciões...

Com novas ganâncias.

A lógica que surta, através da rotina,

Esperando por respostas que nunca chegam.

O tempo do relógio, sempre está em descompasso,

Com o desejo do infinito...

Mesmo que tenha um fim em nós.

Número de certidão, RG e CPF.

Números de placas, endereços e amores.

Número de Obituário.

Contando a vida, sem que alguém se importe.

Tanto faz o sentido daquilo

Que nunca está lá...

Tanto faz, o desejo que nunca se satisfaz.

Tanto faz se a engrenagem gira sem parar...

Os novos velhos

Querem se encontrar.

Acreditando nas recompensas

Ao se arriscar no abismo de nossas consciências.

O desespero de quem abre os olhos

E percebe que o norte está invertido.

Zona de conforto

Que escondem meias verdades,

Descobrir-se nu

Sem cordas para se salvar...

E dar um passo adiante,

Aceitando nossas limitações.

A eternidade que se encontra na liberdade,

Para os novos velhos, não morrerem de tedio,

Ou terem motivos pra se revoltar.

Recomeçar

Recomeçar

Recomeçar.

Pablo Danielli