ESPELHO, QUEM SOU EU?
Espelho, espelho meu
Diga-me querido
Quem sou eu?
Já não me reconheço
O rosto que vejo em ti
Não é o que lembro de mim.
Há uma neblina sobre meus olhos.
Um ar de solidão, que tenta, em vão se esconder
Disfarçar
Mas está lá, eu posso ver!
Minha boca já não sorri como antes
Exita, como se motivos não tivesse.
E há?
Não sei, espelho!
Diga-me você
Há?!
Essa mulher que hoje sou
Parece uma sombra do que fui
A única coisa que não mudou foi a poesia.
Minha alma que através dela flui.
Mas meus versos são amargos
Tenho-os tolos e repetitivos, mas é tudo que ainda tenho,
por isso me atenho à ela.
Espelho espelho meu.
Se não sabes quem eu sou.
Muito menos o sei eu...