TEMPO A TEMPO
TEMPO A TEMPO
AUTOR: Paulo Roberto Giesteira
Os dias passam as passagens
Pelas águas de um rio feitos pelo escorregadio corrediço das chuvas,
Fogem como correrias das corredeiras dos tempos as datas,
Endereços identificados pelas remetidas mensagens,
Desenvolvimentos das tecnologias as regatas,
Itinerários indicativos as direções das postagens,
Ultrapassagens dos caminhos a passar longe a bem distante.
As ruas que nem um sequer nome a tinha,
Poeiras fagulhadas as centelhas dos barros vermelhos,
Usuras dos reflexos as imagens expressivas dos espelhos,
Mercadorias as luzes vitrais das reflexivas vitrines,
Dos terrenos areais descambados pelos serenos;
As áreas e mais áreas a seguir uma esticada linha,
Dos vasos a cultivar uma estima a uma linda plantinha,
Dos bondes sobre as disparadas rinhas,
Dos ônibus ou trem a passar por frente a uma cantina,
A modernidade do futuro espontâneo,
Inúmeros tostões a equiparar ao valor exemplificado dos réis,
Valorização do valor as viagens acima dos convés;
Dos tempos contemporâneos,
Do irmão a ser chamado como conterrâneo,
Rápido a ligeireza do que é instantâneo,
Do tempo ao mesmo tempo do lado ao revés;
Brincadeiras combinando com o seu viés.
Sonhos as buscas das sinuosas realidades,
Transitações ligadas as multidões,
Atitudes as iniciativas ligadas as impulsivas ações,
Reconhecimentos das causas medidas as identidades,
Daquilo que puder de crédito a oportuna possibilidade,
Tumultos apertados aos apertos e esbarrões,
Dos rebates impostos as reciprocidades,
As condições cabíveis igualadas compatibilidades.
E o tempo veio as horas dos relógios a proventos,
Em ponto, atrasado ou adiantado;
Daquilo que fica as estâncias lidas como passado,
Instantes que passam as cores dos relentos,
Daquilo que cresce sobre o efeito de algum fermento;
Do vagaroso das demoras dos passos lentos,
Do gosto aprovado do que foi provado,
A não fazer por estar a cargo como isento.
A passar a velocidade velocímetro do tempo,
De que segue as datas do tempo a tempo.