O choro

O choro

Chorar a princípio parece um sentimento de fraqueza sabe? É que quando choramos, a sensação no genérico, estamos entregando os pontos. Estamos nos derretendo, nos entregando. Mas o choro não é só isso. O choro é muito mais que isso. Chorar é doar, é florar. Chorar não é si acovardar, chorar talvez seja o ápice do amor, da dor. Chorar é está no cume da emoção e si soltar sem o mínimo de preocupação onde vai cair. Chorar é limpar o solo da emoção e deixá-lo limpo e fértil para receber o amor. Chorar dar uma vontade medonha de se calar e só ouvir. Ouvir qualquer coisa. Qualquer coisa mesmo! Coisa que agrada, coisa que contraria, coisa que dói, coisa que alivia, coisa que nos faz engolir o choro, coisa que nos faz chorar mais.

Chorar alivia e lava a alma, deixa ela novinha em folha. Deixa ela leve, alvinha e perfumada. Eu quero de preferência só choro de alegria, mas se tiver que chorar por tristeza também vou chorar. Vou chorar até porquê o choro não pode durar por muito tempo. O choro é uma limpeza da alma. O choro é a primavera do jardim de nossas emoções. Se queres chorar chore, chore de amor de dor! Mas chore! Se ninguém quiser te ouvir, chore baixinho para não encomodalos. Depois que tiver chorado o que você julga o suficiente, pare! Pare e exugue o rosto. Enxugue levemente e, ouça o que te pedes os deuses do amor.

Souzag
Enviado por Souzag em 21/07/2018
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